Substâncias tóxicas presentes nos filtros solares

Escrito por

Equipe La Cutanée

Quando se trata de proteção solar é preciso levar em conta as orientações dos especialistas, seu uso é indispensável quando se trata de prevenção a problemas como o envelhecimento precoce, melasma e até mesmo o câncer, porém muito mais do que isto devemos estar atentos a composição dos nossos filtros solares.

Algumas substâncias químicas usadas na composição dos protetores podem ser absorvidos pelo corpo, podendo causar alterações hormonais como toxicidade reprodutiva sobre o desenvolvimento do feto, interferir nos níveis de testosterona, progesterona, entre outras substâncias endógenas, além de causar danos para os oceanos, mares e corais.

Impacto ambiental

Quando passamos protetor solar e vamos para o mar, estamos liberando os compostos químicos do nosso protetor solar no oceano. Cerca de 14 mil toneladas de fotoprotetores, que podem conter até mais de 10% de compostos ativos, são retirados no mar anualmente. Por isso, têm sido encontrados no ecossistema aquático, bem como alguns trabalhos apontam para a sua presença em água da torneira, águas residuais e lodo de esgoto tratado. No Brasil, tanto oxibenzona quanto metoxicinamato de octila já foram encontrados em águas brutas e submetidos a tratamento.

Partículas dos protetores solares reduzem a atividade de bactérias essenciais para decomposição e renovação da água. Outros nutrientes inorgânicos também são lançados por meio do protetor solar com o fósforo e o nitrogênio, promovendo o crescimento descontrolado de algas, que podem diminuir a quantidade de oxigênio dissolvido no oceano, provocando uma reação em cadeia que sempre chega ao ser humano de alguma forma – nesse caso, com a redução de pescados de origem marinha disponíveis.

Fique de olho da composição do seu protetor solar:

Com base na literatura ciêntifica listamos as substâncias que podem ser bioacumuladas no organismo para ajudar a “fiscalizar” melhor a composição do seu protetor solar. Fique de olho e preste atenção nesses componentes:

a) Família da Benzofenona: Benzofenona-3, oxibenzona, Benzofenona-4, sulisobenzona ácido sulfônico, Benzofenona-5, sulisobenzona sódica.

Diversas benzofenonas foram classicadas como disruptores endócrinos, atuando sobre o eixo hipotalâmico-pituitário-gonadal, sendo demonstrados efeitos sobre receptores estrogênicos, androgênicos, de progesterona e sobre outros receptores nucleares (Skotarczak et al., 2015; Wang et al., 2016).

Efeitos Estrogênicos

⦁ Toxicidade reprodutiva e sobre o desenvolvimento;
⦁ Benzofenona-3 causa aumento do peso uterino em ratos imaturos;
⦁ Apresenta moderada potência na ativação e proliferação de células MCF-7 de câncer de mama e sobre células de ovário responsivas a estrogênio;
⦁ Benzofenona-3 é metabolizada a Benzofenona-1 no corpo, sendo que este metabólito apresenta atividade estrogênica superior (Wang et al., 2016).

Efeitos Androgênicos

⦁ Benzofenona-1, 2 e 3 demonstraram atividade antiandrogênica em diversos ensaios celulares, levando à inibição completa da atividade da dihidrotestoterona, de maneira dependente da dose;
⦁ Benzofenonas interferem sobre os níveis normais de testosterona durante o desenvolvimento de ratos machos através da inibição da conversão de androstenediona em testosterona;
⦁ Benzofenona-1 se mostrou o composto com maior atividade antiandrogênica (Wang et al., 2016).

Efeitos sobre outros receptores nucleares

⦁ Benzofenonas também demonstraram efeitos disruptores sobre receptores de progesterona e de hormônios tireoidianos;
⦁ Efeitos antagonistas sobre PRs, redução e até mesmo inibição da atividade da tireoperoxidase, prejudicando a produção de hormônios tireoidianos;
⦁ Ratos tratados com Benzofenona-2 apresentaram redução signicativa dos níveis de T4, com aumento dos níveis de TSH(Wang et al., 2016).

b) Família da Cânfora: 4-metilbenzilideno cânfora (4-MBC), 3-Benzilideno cânfora (3-BC), Benzilideno cânfora ácido sulfônico, Poliacrilamidometil benzilideno cânfora, Cânfora benzalcônio metossulfato.

4-MBC e 3-BC são substâncias altamente lipofílicas, sendo facilmente absorvidas após contato direto com a pele. Ambas foram classicadas como potenciais disruptores endócrinos, afetando de maneira negativa a reprodução e o desenvolvimento (Wang et al., 2016).

Efeitos Estrogênicos

⦁ 4-MBC e 3-BC apresentaram atividade antiestrogênica em peixes, mamíferos e bioensaios celulares;
⦁ Também exerceram efeitos estrogênicos sobre células HELN ERa e MCF-7 (Wang et al., 2016).

Efeitos Androgênicos

⦁ Ensaios revelaram a capacidade de 4-MCB e 3-BC inibirem a atividade de receptores androgênicos de maneira dependente da dose;
⦁ 4-MBC se mostrou um potente antagonista de receptores androgênicos, inibindo signicativamente a atividade da luciferase;
⦁ Também foram capazes de interferir sobre a formação da testosterona (Wang et al., 2016).

Efeitos sobre receptores de Progesterona

⦁ 4-MBC mesmo em baixas doses é capaz de regular negativamente a expressão proteica de RPs (Wang et al., 2016).

c) Família dos Cinamatos: Octil-metoxicinamato (OMC), Isopentil p-metoxicinamato (IMC), Octocrileno (OC).

Dentre eles, OMC foi o componente que mais apresentou potenciais efeitos endócrinos, atuando sobre receptores estrogênicos, androgênicos, de progesterona e tireoidianos (Wang et al., 2016).

Efeitos Estrogênicos

⦁ OMC, IMC e OC são capazes de inibir completamente a atividade estrogênica em ensaios com células humanas;
⦁ OMC demonstrou moderada atividade sobre ER (Wang et al., 2016).

Efeitos sobre hormônios Tireoidianos

⦁ O tratamento com OMC levou a uma redução dos níveis de T4 em ratas ovariectomizadas, com inibição da atividade da 5- deiodinase, responsável pela conversão de T4 em T3 (Wang et al., 2016).

Efeitos sobre outros receptores nucleares

⦁ OMC demonstrou ação antagonista sobre receptores de progesterona;
⦁ OMC,IMCe OC demonstraram atividade antiandrogênica, inibindo 4,5-dihidrotestosterona de maneira dependente da dose (Wang et al., 2016).

A nova geração de fotoproteção

A La Cutanée traz a nova geração de fotoproteção ao mercado brasileiro, o Solary AOX FPS 60, o único no mercado isento de substâncias que podem ser bioacumuladas no organismo e na natureza, oferecendo segurança ao meio ambiente e aos seres humanos.

Não é testado em animais, vegano, sem glúten e livre de parabenos, não contém fragrância e é dermatologicamente testado e hipoalergênico.

O Solary AOX possui fator de proteção solar 60 e UVA 47. Com amplo espectro de proteção: UVA-I, UVA-II, UVB, Luz Vísivel/ Azul e Infravermelha. É também devidamente comprovado por estudos de eficácia e aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Solary AOX é um gel creme com toque seco, ideal para todos os tipos de pele. Possui Phloretin um potente antioxidante, anti-idade encontrado na casca da maçã que é eficaz contra os danos causados pelas radiações UV, previne o fotoenvelhecimento cutâneo, além disso, proporciona clareamento, combate o melasma, ajuda a evitar a perda de elasticidade e o surgimento de rugas.

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